sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Pintando

Esses dias atrás, por duas vezes, o mesmo ritual. Um copo de água da cor amarela. Umas tintas guache. Um bloco de desenho, uns pincéis, a mesa da sala. Um outro copo, de água azul. E uns álamos vindo ao papel. Ou uma outra figura, ontem, que me pareceu fosse uma semente ou um ouro transbordante, rodeado por um azul envolvente. O álamo de hoje, uma figura solitária numa paisagem de planura. Vermelhas as folhas do lado direito, amarelo o lado esquerdo. Ao pintar o quadrinho de ontem, da semente ou o ouro transbordante, lembro que comecei sem nenhuma ideia pré-determinada. Apenas algumas pinceladas de amarelo. Em seguida, um vermelho mais abaixo, criando uma zona de laranja. Via as cores, e, como não tinha um propósito determinado, curtia as cores. Curtia o amarelo, o vermelho, o laranja. As pinceladas que iam aparecendo tracejadas de amarelo e vermelho, laranja. Depois um verde rodeando o conjunto, e o azul envolvendo todo. Pensava como podem-se sentir as cores, e não apenas usá-las para alcançar um resultado. Também pode importar o resultado, a forma ou o efeito buscado. Mas há alternância nas intenções, e formas distintas de se desfrutar do pintar.

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