sábado, 12 de janeiro de 2013

Esta noite

Fora caminhar pela beira mar. Ver gente, a noite. Luzes, carros, pedestres. O mar lá atrás, fundido com o céu. As ondas, os barcos. Uma mulher caminhava na sua frente. Vira a beleza dela. O andar gingado. Fora adiante. As estátuas na pracinha em frente ao centro empresarial Tambaú. As ondas quebrando. A água na calçada. Mais gente, agora vindo desde Manaíra. A agência do Banco do Brasil. A casa do sertão, mais lá em cima. As lojinhas de artesanato. A feirinha. Tecidos. Bolsas. Roupa. O hotel tropical Tambaú. Mais barracas. A igreja de Santo Antônio de Lisboa. Vira os vitrais. Uma figura de santo lembrou-lhe São Francisco de Assis. Sentiu alguma coisa boa. Uma lembrança de pequeno, de jovem. Entrara numa loja, e vira alguns quadros, artesanias. Dias atrás, lendo Gabriel García Márquez, percebera como alguns escritores e algumas escritoras transcrevem a vida de uma maneira mais fiel do que a própria vida. Tivera lembranças muito sutis da infância. Não as lembranças padronizadas. Outras, mais inteiras. O tempo unificado voltara.

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