quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Pulsando

Essa tarde, andara com uma alegria diferente no peito. Um espaço maior dentro de si. O sentimento alimentado. Conversara com cada um dos seus filhos e filhas. Essas vozes ecoavam dentro de si. Eram como sons musicais. Tons a tocar na sua alma, e a lhe alegrar. As caminhadas da manhã e da noite, o dia como um emaranhado de caminhos e decisões, indecisões, reflexões. Algo dentro de si se abrira, se expandira. Pegara um livro de Paulo Freire na universidade. Fora ao sindicato, receber um celular de presente, ganho por sorteio na confraternização de fim de ano. Olhara aqueles olhos da sua amada, como sois a sorrirem. Tecera mais alguns fios dessa trama que é a vida. Ou fora tecido por eles? Talvez um pouco de cada coisa. Andara pela avenida em frente à igreja de Nossa Senhora de Guadalupe. Agradecera, no meio da caminhada, pela vida. Uma emoção profunda o embargou. Quanta vida passada, e o presente, como uma ponta de uma pirâmide. A reunião de todos os caminhos. Lembrara da vista do mar à noite e pela manhã. Luzes de noite. Sol de manhã. Sol e lua. A vida, um eterno giro. No coração, tantos seres queridos. Escritor, constrói o mundo em que vive. A sua vida é um pulsar para a página e da página para a vida. Vida e página. Vida página. Paginando a vida. Moldamos o nosso existir. Construímos a toda hora o ser que somos, e, também, somos moldados por tudo que acontece ao redor e conosco mesmos. O cajueiro. As acácias. As flores lilases e vermelhas, amarelas, da calçada em frente e de todas as calçadas do bairro. O flamboyant. A escola. As ruas. Os carros. As pessoas. As árvores. Boa noite.

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