domingo, 14 de setembro de 2025

Solcitos

Este quadro é muitos quadros. Eram umas flores após a chuva. Foi sendo em seguida, uma raiz de álamo. O sol que me ilumina. Que mais? Segurança. Decisão. Confiança. Fé. Solidariedade. Arte. Poesia. Comunidade. Tudo que é valioso.

Ainda não está terminado. O que é que está terminado? Pode ser que venham outras cores. Ou as que aqui estão, fiquem como estão. Senão, será o quadro que venho pintando desde pelo menos 1980. Mendoza. Caminho para casa. A minha casa. João Pessoa. Paraíba. Brasil. Argentina.

Enquanto brincava de girar, vinham sensações, sentimentos, compreensão. Meu eu menino e o que sou hoje. Integrado. Em movimento. Vindo a ser.

A ideia, a vontade, seria a de concluir logo. Passar o verde e o laranja. O marrom do tronco. O verde das folhas que sobem para o céu. O azul do céu. O celeste da água. O caminho em direção ao horizonte. Mas pode ser que fique assim como está. O amarelo limão é do sol que vi em 1970.

Calçando meus pés nesse amarelo, está tudo bem. Ouço um piano tocando. Domingo em Cabo Branco.

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