segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Remontagem

Um dia como hoje, em que a chuva toca seu som pelos telhados. O céu nublado te envolve no seu manto. As calçadas hao de estar molhadas lá fora. E nao encontro o til neste teclado argentino de Mendoza, mas mesmo assim lá vao estas palavras, a sair pelo mundo afora. Posso escrever o que me vem nesta tarde chuvosa e nublada, tarde de Mendoza, em que amigas e amigos pela internet, e o aconchego dos meus filhos e filhas, e da minha mulher amada que em Joao Pessoa. Ouço o som das gotas de chuva no pátio. Os dias passados se envolvem como em um pacote que aninha. Vejo a gente e a mim mesmo como luzes, espécie de peças de um quebra-cabeças infinito, em que tudo se vai montando e remontando, desmontando e voltando a se montar. Assim a morte nao assusta, será algo inevitável no final. Mas agora é isto, é este confluir e refluir de cristais luminosos, amarelos, que se juntam e se dispersam, e voltam a se aproximar e a se distanciar.

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