quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Vencer, Brasil!

Todo este tempo de caminhar ao lado do povo, com os setores democráticos e populares, na defesa da democracia política e da justiça social, tem me trazido nova energia. Algo de muito bom renasce de dentro da gente, quando vamos mais uma vez, atrás daquilo que não pode nem deve ser negociado. A liberdade, os direitos humanos e sociais, as conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras. Uma força intensa volta a me animar, como quando, em outras épocas --e ainda hoje-- me empenhei em atividades comunitárias e sociais em prol do desenvolvimento da pessoa humana. Não se trata apenas de resistir ao golpe de Estado. É isto, sem dúvida, mas é muito mais. É continuar a manter a fé na decência, na justiça, no que é correto e nobre, o que é feito a muitas mãos. O capitalismo não se combate apenas com discursos. Se combate no dia a dia. No cotidiano, de muitas maneiras. Nesta hora em que vejo renascer dentro de mim essa força do amor irrestrito, esse amor que se costura minuto a minuto com as minhas raízes e se projeta para um aqui e agora renovado, percebo que valeu a pena. Valeu a pena ter insistido até aqui, e continuar insistindo. A reação não vai vencer. Os parasitas deverão aprender a respeitar a quem trabalha, a quem gera as riquezas e faz com que se movam as rodas da história. Acredito que uma das grandes lições da mobilização contra o golpe no Brasil, seja a de ter evidenciado que o ser humano não se deixa explorar passivamente. Existe um algo dentro de nós, que se rebela contra o atropelo e contra a violência. Isso é sagrado, e deve ser mantido. Isso é o que nos poderá fazer vencedores deste e de qualquer outro golpe.  

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