Tinha tentado de desvincular, até por motivos de saúde,
desta reta final das eleições presidências no Brasil. Mas não tem jeito. As
lembranças vêm, o passado se faz presente, e quando o passado se faz presente,
algo em mim se movimenta. Volta a se movimentar na direção dos mais, dos
excluídos em todos os sentidos, que começaram a ganhar ares de cidadania
durante os governos do PT.
O dinheiro pode muito, mas não pode tudo. A “grande imprensa”
tem investido pesadamente para desqualificar o PT e esconder os êxitos que este
partido tem tido no que se refere à inclusão social, o item que mais incomoda ao
capitalismo selvagem que essa “grande imprensa” representa e cuja voz assume.
O jogo democrático envolve a possibilidade de a gente perder.
Se a gente perder, teremos que amargar novamente os desmandos dessa direita que
não se assume como tal: o PSDB, o partido que hoje é o partido do dinheiro e do
poder. Eles tentarão destruir o que muito penosamente tem sido construído nestes
últimos governos do PT, em termos de inclusão social, melhora nas condições de
vida da classe trabalhadora, diminuição da desigualdade social.
Sinto-me muito a vontade para dizer estas coisas, pois não
sou petista, e nem sou demasiado apegado a questões partidárias nem eleitorais.
Mas a minha história de vida tem me dado uns cutucões ultimamente, e tenho
decidido mais uma vez, partilhar meus sentimentos e pensamentos por esta via,
pela via dos escritos.
É importante votar, sim. É importante se permitir dizer pela
via do voto, o que cada um de nós pensa sobre os rumos que o Brasil deve tomar.
Eu sei que a democracia representativa está cheia de defeitos, não há quem não
saiba. Mas a “não democracia” é muito pior. Ter que engolir a seco o que alguém
que chegou lá em cima sem ser pela via das eleições, é muito pior, infinitamente
pior.
Estas linhas vem buscar um diálogo, uma conversa, como
costumo fazer com aquelas pessoas que leem o que escrevo. Assim se faz
democracia, dialogando.
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