Quando vim morar em São Paulo, em 1977, vi esta mensagem
escrita em uns folhetos que continham o percurso das linhas de ônibus da
cidade. Hoje, muito tempo depois, volto a me orientar pelas cores. Agora as
cores internas. As cores que vejo quando me calo, quando escuto o mundo e a mim
mesmo, em silêncio.
Então vejo. Vejo as cores e sei como me orientar. Amarelo,
azul, azul claro, vermelho, verde, vão me mostrando o caminho. O que devo fazer.
Este ver-sentir é imediato; não é argumentativo ou lógico, embora venha também
uma compreensão. Mas é uma compreensão integrada. Poderia dizer que se trata de
uma imagem-sentimento em que o entendimento está implícito, está contido no que
vejo e sinto.
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